
Que causa a cinetose?
O corpo é dotado de mecanismos sofisticados para mantê-lo em equilíbrio. Um deles é o sistema vestibular, localizado no ouvido interno. Quando há descompasso entre aquilo que os olhos vêem e o movimento que o labirinto, no ouvido, capta, surge a tonteira.
Comer demais, ingerir muita gordura, uma refeição “pesada”, ou mesmo não comer nada, pode favorecer o enjôo.
Cigarro, álcool, cheiro desagradável, barulho excessivo e ar confinado são fatores desencadeantes de cinetose.
Labirintite é um distúrbio que fatalmente leva à cinetose. Aliás, quem apresenta constantes enjôos deve verificar se não sofre de labirintite.
Certas parasitoses, como a giardíase, favorecem também o aparecimento da cinetose.
Às vezes a causa reside em algum problema orgânico, provavelmente de origem digestiva, como a dispepsia biliar.
Sugerem alguns estudiosos da nutrição que a falta de complexo B na dieta poderia aumentar a propensão para enjôos.
Há, além da causa orgânica, causa psicológica para a cinetose. Para quem se preocupa demasiadamente com o mal-estar e pensa que vai enjoar ou vomitar, isso provavelmente acontece.
Conselhos e sugestões práticas
Olhar para um ponto fixo e ficar quieto. Não ficar mexendo a cabeça e olhando para trás ou para o lado. No caso de viagem marítima, não olhar para a linha do horizonte, que “se mexe” em relação ao referencial do navio.
Respirar devagar e profundamente é ótimo para relaxar e aliviar o enjôo.
Evitar ler durante a viagem. Ou trazer para mais perto dos olhos a leitura.
No caso de enjôo, comer uma torradinha, chupar um limão ou comer um pedacinho de azeitona pode ajudar, em alguns casos.
Não comer, antes da viagem, alimentos pesados, ou qualquer coisa que lhe faça mal.
Viajar no banco da frente e concentrar-se na estrada, à frente.
No avião, fechar os olhos, relaxar, respirar fundo. Ou olhar para um ponto fixo.
No ônibus, evitar assentos na parte de trás, onde o balanço é mais intenso. No navio, preferir lugares mais ao meio e à frente da embarcação.
Gengibre: Desde os tempos das antigas viagens marítimas usava-se gengibre para combater o enjôo de alto-mar. Usar uma ou duas cápsulas de raiz de gengibre em pó, ou mastigar um pedacinho dessa raiz quando perceber que o mal-estar vai vir ou está vindo.
Própolis: Há quem se sinta melhor pingando uma ou duas gotas de própolis na boca.
Boldo: Certa vez, numa viagem de avião, senti muito enjôo. Ao descer do avião, estava completamente nauseado. Então, mastiguei lentamente, pequenos pedaços de folha de boldo, erva muito amarga, que me trouxe rápido alívio.
Estudar e tratar a causa
Para quem a tendência a enjôos é verdadeiro drama, recomendamos avaliar melhor a causa. Sugere-se desintoxicação branda, em que se substitua durante bom tempo uma refeição (como o desjejum) por suco de fruta como por exemplo, mamão com maçã. Adotar a dieta saudável. Uns doze comprimidos diários de levedura de cerveja também são recomendados.
Se você tem problema digestivo, parasitose ou labirintite, é preciso tratar.
Uma estrada cheia de curvas. Você balança para cá e para lá. Começa a sentir-se mal. Enjôo, vômito. Freqüentemente o mal-estar aparece numa viagem aérea ou marítima. A indisposição pode surgir repentinamente, estragando a emoção de um passeio, de uma montanha russa, ou de uma brincadeira um pouco mais movimentada com as crianças. Provavelmente você sofre de cinetose, que é a sensação de enjôo e vertigem provocada por movimento.
Você sabia?*
Boldo (Boldo fragans)
É tradicionalmente indicado para combater males do fígado e vesícula, má digestão, manchas da pele.
Modo de usar: Ferver em ½ litro de água 2 colheres, das de sopa, da planta picada. Deixar esfriar. Filtrar e tomar 1 xícara ao dia. Para doenças da pele, tomar banho de imersão com o chá concentrado.
* É indispensável o estudo das causas, em todas as circunstâncias.