
Trata-se de inflamação da bexiga urinária, muitas vezes provocada por infecção aguda do trato urinário.
Ao pé da letra, cistite seria um problema restrito à bexiga. Mas, na prática, a infecção costuma ultrapassar os limites da bexiga, podendo atacar também os rins e os canais urinários (pielonefrite e síndrome uretral). Pode apresentar sintomas brandos, passageiros, ou manifestar-se como extremo desconforto urinário.
Na maioria dos casos, o exame bacteriológico de urina indicará infecção quando a contagem de bactérias for superior a 105 germes por mililitro de urina corretamente colhida.
A necessidade de permanecer muito tempo na cama, os partos, as grandes intervenções cirúrgicas e o diabetes favorecem a instalação de cistites.
É comum ocorrerem recidivas (recaídas), provocadas por sucessivas reinfecções ou infecções não resolvidas. Por isso, é importante avaliar adequadamente as causas e os tratamentos.
A cistite ocorre muitas vezes associada a outros problemas do sistema urinário, como doenças venéreas, cálculos, pielonefrite, hipertrofia de próstata e uretrite (inflamação da uretra).
Considerando-se a continuidade anatômica do sistema urinário e a semelhança entre os sintomas de infecção dos seus vários componentes, alguns estudiosos chamam de “síndrome uretral aguda” diversas perturbações urinárias de fundo infeccioso.
O povo chama “cistite” a qualquer ardência no canal da urina, que muitas vezes não passa de infecção local ou uretrite. Também é popular o conceito de que “friagem nos pés” ou “na barriga” pode desencadear crises de “cistite”. Realmente, o resfriamento de qualquer parte do corpo pode diminuir a resistência global, e assim facilitaria o aparecimento de cistite em pessoas suscetíveis.