
Icterícia é resultado do aumento, no sangue, de certo pigmento produzido pelo fígado, a bilirrubina. Essa substância amarelada, encontrada normalmente na vesícula (faz parte da bile), impregna a pele, a conjuntiva (olhos) e as mucosas. O doente fica amarelo.
Donde vem a bilirrubina? É o produto da degradação dos glóbulos vermelhos. Cerca de 35g de hemoglobina (pigmento dos glóbulos vermelhos) são metabolizados todos os dias, o que dá cerca de 300mg de bilirrubina.
Os recém-nascidos apresentam icterícia temporariamente, enquanto o metabolismo ajusta o trabalho de uma enzima, a UDP glicoronil transferase. Trata-se de problema normal e passageiro. Em alguns casos, porém, quando a icterícia não passa, pode haver distúrbio genético ou congênito mais sério, digno de avaliação médica, como atresia biliar congênita, síndrome de Gilbert (comum, benigna, causada por deficiência da UDA glicoronil transferase), doença de Cliger Najjar, síndrome de Rotor, síndrome de Dubin Johnson.
Nos adultos, o aumento da bilirrubina indireta é geralmente causado por anemia hemolítica.
O aumento da bilirrubina direta é provocado por hepatite, cirrose, câncer hepático, cálculos biliares obstrutivos, inflamação dos canais biliares.
Como a icterícia é um sintoma a denunciar problemas mais profundos, recomendamos estudo e combate às verdadeiras causas: a hepatite, a cirrose etc.
Atenção! Não confundir icterícia com a cor amarela deixada pelo caroteno na pele. O caroteno pertence ao grupo da vitamina A, sendo encontrado nos vegetais. Cenoura, pequi, dendê, mamão, manga e abóbora são particularmente ricos nessa substância. O uso liberal desses vegetais pode deixar a pele (principalmente plantas dos pés e palmas das mãos) ligeiramente amarelada, o que é perfeitamente normal.
Algumas plantas tradicionalmente usadas contra icterícia:
Erva-tostão — É uma das melhores plantas contra a icterícia. Decocção de toda a planta (ferver por cinco a dez minutos), uma colher, das de chá, para 250ml de água, de duas a três xícaras por dia.
Gervão-legítimo (flores pequenas azuladas) — Raiz e folhas em decocção. Uma colher, das de sopa, para um litro de água, duas xícaras diárias.
Picão-da-praia (Ou carrapicho-da-praia) — Derramar água fervente sobre as folhas, três colheres das de sopa para um litro de água, de duas a quatro xícaras diárias. Indicam-se também banhos de imersão de vinte minutos em chá concentrado dessa erva.