Obesidade

Não se trata apenas de inconveniente estético. A obesidade aumenta o risco de distúrbios cardiovasculares, diabetes melito, problemas de coluna, articulações e vários tipos de câncer. A causa genética vem sendo muito debatida. É verdade que há pessoas com tendência a engordar, pois apresentam maior número de células adiposas (hiperplasia adipocitária). Se há casos na família, a hereditariedade pode facilitar o aparecimento de obesidade. A causa mais importante, porém, é o estilo de vida. Particularmente culpados são a dieta caloricamente abundante, a falta de exercícios físicos e os distúrbios emocionais. Há também causas genéticas e culturais importantes.

A tendência a engordar aumenta com a idade, pois à medida que envelhecemos, diminui a proporção de tecidos metabolicamente ativos, diminuindo assim a necessidade fisiológica de calorias. Apesar disso, as pessoas continuam comendo como antes. Deveriam, se quisessem evitar o acúmulo corporal de gordura, diminuir a quantidade de calorias e de comida a cada decênio de vida. A causa glandular (hipotiroidismo) também deve ser levada em conta.

A ansiedade produz, às vezes, com­pulsão aumentada por comida, um penoso martírio na vida dos obesos. Querem­ emagrecer, fazem esforços intermitentes, mas acabam escravos do vício de comer. Sentem-se melhor quando ingerem algo, especialmente doces. Quando com fome (ou com apetite), a vontade de comer gera ansiedade, até mal-estar, que desaparece transitoriamente com a ingestão de alimento. Cria-se um círculo vicioso difícil de quebrar: hipoglicemia (queda do açúcar no sangue), que produz ansiedade e fome, leva à ingestão de comida (geralmente massas e guloseimas), que produz bem-estar passageiro. O açúcar sobe rápido no sangue, mas desce rápido também, o que ocasiona desconforto, insegurança e ansiedade. Fecha-se então o círculo, pois a glicose baixa reclama mais comida. A solução requer o corte do açúcar e das massas refinadas, providência que necessita de apoio psicológico acompanhado de dieta de desin­toxicação bem conduzida. Os remédios para diminuir o apetite (anorexígenos) são perigosos. Associados a benzodia­zepínicos (ansio­líticos), levam a saúde ao caos. Destroçam o equilíbrio nervoso. Uma bomba de efeito retardado. Todo o cuidado é pouco, portanto, com as famigeradas fórmulas. Não vale a pena perder peso, mas perder a saúde. Outro alerta: regimes e tratamentos que fazem perder peso muito rápido geralmente são depauperantes. Nossa proposta é perder peso e ganhar saúde por meio da desintoxicação natural.

Drogas para emagrecer

Quase todos os gordinhos já experimentaram inibidores do apetite. Mas poucos conhecem seus riscos em potencial. Primeiramente, é preciso explicar que há diferentes gerações de fórmulas para controlar a vontade de comer, com diferentes ações. A primeira geração de inibidores surgiu na década de 50, as anfetaminas, ou “bolinhas”, que produzem, como efeitos cola­­­­terais, insônia, pressão alta, taquicardia, agitação. A segunda geração é a dos anfetamínicos, dos anos 80, derivados dos primeiros, que produzem efeitos colaterais como insônia, agitação, boca seca e taquicardia. A dexfenfluramina pertence à terceira geração, já da década de 90, e exibe efeitos secundários dignos de nota: fadiga, sonolência, diarréia, boca seca e risco aumentado para uma doença fatal rara: a hipertensão pulmonar primária. A quarta geração, encabeçada pelo orlistat, age de modo diferente das drogas anteriores: inibe a enzima digestiva lipase, diminuindo a absorção de gorduras. Os efeitos colaterais referidos são diarréia e fezes oleosas. É provável que novas gerações venham surgindo, pois há nessa área um mercado ávido por novidades.

Mas o caminho certo do emagrecimento, insistimos, não pode oferecer riscos à saúde. Os benefícios costumam revelar-se transitórios, não compensa­dores.

Você come muito?

“Não!”, afirmaria com espantosa segurança a maioria dos gordinhos. Os obesos dificilmente admitem comer muito. Pode ser que, no que toca à quantidade, suas refeições não sejam mesmo abundantes. Mas uma análise de três outros fatores explicará facilmente por que tantas pessoas engordam, embora jurem comer pouco:

1. Alguns petiscos idolatrados pelos gordinhos são excepcionalmente ricos em calorias (concentrados). Usados de vez em quando, “só um pouquinho”, não são levados em conta. Uma barra pequena de chocolate pode conter mais calorias que vários pratos cheios de saladas e legumes.

2. Pequenas refeições muito calóricas são feitas fora de hora, irregularmente, com frequência a que geralmente não se presta atenção. A desculpa é sempre a mesma: “só um pouquinho…”.

3. É comum o obeso esforçar-se por algum tempo para controlar a gana por comida, e periodicamente “auto-recompensar-se”, esquecendo as “proibições” (torta de chocolate, sorvete de creme, macarronada, maionese, salgadinhos, fast-food etc.). Comete “pequenos pecados” de vez em quando, confiando na “remissão” dos períodos de abstinência. A desculpa é que, após longo “calvário” de dieta exigente, “um diazinho mais liberal não será tão ruim assim”.

A soma das calorias ingeridas desses três modos é suficiente para manter o peso, ou, mais constrangedor ainda, ocasiona até aumento de peso.

Em síntese, os obesos são vítimas de sua própria indisciplina alimentar e descontrole emocional, os quais são transferidos para a comida.

As três grandes causas do aumento de peso via comida são, portanto: 1. Consumir, fora de um plano, alimentos concentrados em calorias (mesmo que seja só um pouquinho); 2. Comer de modo irregular e fora de hora; 3. De vez em quando, fugir da dieta.

Mas é preciso salientar que uma dieta radical, com “proibições” excessivas, dificilmente dará certo. Nossa experiência mostra que é preciso “negociar” com o paciente, de modo que a dieta seja para ele viável e agradável, e ao mesmo saudável e hipocalórica.

A primeira regra para que uma dieta possa dar certo é não deixar o paciente com fome. A estratégia é saciá-lo com alimentos de baixo teor calórico.

Se o seu problema é obesidade…

Se o seu problema é obesidade, é preciso encará-lo com seriedade, pois seu maior patrimônio está em jogo. Não acredite em promessas mirabolantes de emagrecimento mágico, sem esforço. Também não chegue ao outro extremo o de se martirizar com regimes de fome.

As pesquisas científicas mostram claramente que passar muita fome não resolve, pois o corpo se desnutre, exigindo mais tarde uma “indenização” pesada: os quilos perdidos voltam de novo. O caminho certo para emagrecer tem três características básicas:

1. Regime apropriado, calculado para cada pessoa. Você tem uma dieta que se encaixa no seu caso, e que não é uma dieta de fome, por um lado, nem uma dieta do “tudo pode”, por outro lado.

2. Abordagem psíquica, pois a obesidade tem, quase sempre, forte relação com problemas emocionais.

3. Atividade física adequada a cada caso.

Ajudam muito no tratamento os meios naturais. É perigoso usar drogas. Plantas, banhos, massagens, dietas, apoio psíquico, exercícios e outros recursos contribuem para o emagrecimento com saúde.

Outros procedimentos

Exercícios físicos orientados e banhos de sauna, também sob orientação profissional. Os exercícios são tão importantes quanto a dieta, pois convertem a razão ingestão/gasto de calorias a favor do obeso, isto é, aumenta-se o gasto de calorias.

Obesidade é doença?

Obesidade e saúde são duas condições que não se olham de frente. Excesso de peso é o mesmo que escassez de saúde. Cada quilo de peso a mais representa certo tempo de vida a menos. Os gordinhos pagam seguro de saúde mais caro, porque mais facilmente ficam doentes. Surgem mais freqüente­­­­mente problemas de articulação. Devido ao excesso de peso, o desgaste é maior, o que propicia artroses e problemas de coluna.

Os distúrbios cardiovasculares são, entretanto, o maior tributo que os gordinhos pagam à saúde. O risco é maior. Por quê? Entre outras coisas, porque o coração tem de se desdobrar para impulsionar sangue através de quilos e mais quilos de tecidos extras, desnecessários. Fica cansado mais cedo, e acaba decretando falência. Os obesos apresentam risco maior de sofrer infarto ou derrame (acidente vascular).

O diabetes melito tipo II tem preferência por gordinhos. A adiposidade que envolve os tecidos representa forte obstáculo à insulina, cuja eficiência acaba caindo. A glicose custa para achar seu caminho à célula, e o diabetes se instala.­

Por que as pessoas ficam gordas? Seria a hereditariedade?

Não herdamos só um conjunto de genes. Herdamos um conjunto de hábitos. Adotamos os costumes da família e de nosso meio cultural. Famílias de hábitos gastronômicos passam essa herança aos filhos, que têm grande probabilidade de tornarem-se obesos.

Mas há também o fator genético, sem dúvida. Já na vida intra-uterina, as células gordurosas começam a se formar. Se por uma razão genética essas células se multiplicam mais, a tendência para engordar será maior, e haverá também dificuldade para perder peso. Por isso há pessoas que têm tanta dificuldade para emagrecer.

Gordura iceberg e gordura ice-cream

Há, do ponto de vista prático, dois tipos básicos de gordura: iceberg e ice-cream.

A primeira é como o gigantesco bloco de gelo que flutua nos oceanos: custa a derreter. Pessoas com constituição avantajada, ossatura larga (breve­líneas), atarracadas, que sempre foram “grandes e rechonchudas”, com sobra de peso, geralmente enfrentam grande dificuldade para emagrecer. É comum que tenham passado por um infeliz processo chamado hiperplasia adipoci­tária, ou seja, formação de grande número de células adiposas, por razões genéticas, o que as torna particularmente sujeitas à formação de banha.

Já a gordura do tipo ice-cream (sorvete) “derrete” fácil. São obesos circunstanciais. Muitas vezes foram magros no passado, para o qual olham com nostalgia. Não conseguem controlar as circunstâncias que os mantêm prisioneiros da gordura. Não raro, tentam suprir certas necessidades psíquicas com comida, num mecanismo inconsciente. Buscam compensar suas frustrações, sua falta de realização, sentindo o prazer gustatório. Por isso, comem sempre, e “coisas gostosas”. A dificuldade de perder peso, nesse grupo, não reside propriamente no corpo, mas na cabeça. Não conseguem fazer regime, pois não são perseverantes. No começo do tratamento, até perdem vários quilos, o que os anima (geralmente a perda inicial se deve ao uso de chás diuréticos, que fazem desinchar). Mas logo sentem a terrível falta da velha companhia: o prazer que só a comida proibida lhes dá. Por isso, é importante montar um cardápio com algumas “recompensas” saudáveis para essas pessoas, e lhes dar todo o apoio psíquico necessário.

Tanto as características do primeiro grupo como as do segundo tendem a se cruzar. Um obeso constitucional pode ter problemas psíquicos que o empurrem compulsivamente à comida, enquanto um obeso circunstancial pode exibir certa propensão hereditária, e mesmo bio­tipo sujeito ao ganho exagerado de peso. O que realmente difere um grupo do outro é um diferen­ciador pragmático: um emagrece fácil e rapidamente, o outro não.

Em síntese: controlar a boca e mexer-se mais

Disse certa vez um dietólogo: “A única glândula que produz obesidade é a glândula salivar”. É claro, descontemos aqui as causas hormonais (como o hipotiroidismo), que, comparadas às causas comportamentais, são como uma gota d’água num balde.

A grande causa do aumento de peso reside mesmo na boca. A saúde e a doença entram pela boca. As gordurinhas extras também. Imperceptivelmente.

Ao longo desses anos, tenho ouvido muitos gordinhos afirmarem que comem pouco, e não entendem por que engordam. A explicação é simples. Preocupam-se só com a quantidade, mas se esquecem da qualidade. Comem, como vimos, “só um pouquinho” de alimentos supercalóricos. Uma balinha pode esconder calorias equivalentes a várias laranjas. Um pacotinho de pipoca pode valer mais que seis pés grandes de alface. Uma fatiazinha de pizza com mussarela pode conter mais calorias que uma travessa inteira de salada de brócolis de que você não consegue “dar conta”. Certa vez, uma paciente que não entendia por que continuava engordando, pois comia “tão pouco”, acabou confessando que toda noite saboreava um pedaço médio de pizza recheada com presunto. Para ela, essa não devia ser a causa, pois durante o dia comia quase nada. Contabilizando as calorias que ela ingeria ao longo do dia, concluí que a refeição da noite assumia a culpa por um terço de todas as calorias ingeridas diariamente, e era realmente responsável pela ultrapassagem do sinal vermelho!

Suprindo necessidades psíquicas com alimentos

O bom funcionamento de nosso cérebro requer um padrão regular de produção de certas substâncias chamadas neurotransmissores. A serotonina, muito pesquisada, é um deles, relacionada às flutuações do humor. Quando estamos deprimidos ou ansiosos, é possível que os níveis de serotonina tenham caído. Uma das maneiras mais simples de trazê-la de volta aos teores normais é ingerindo carboidratos. Por isso, o obeso, quando se sente ansioso,­ triste ou deprimido, procura alívio ingerindo alimentos como chocolate, salgadinhos ou doces. Esse hábito cria um círculo vicioso, pois o açúcar sobe rapidamente no sangue, mas, tão rápido como subiu, ele volta a cair. Portanto, é preciso comer a intervalos regulares, para conservar altos os níveis de glicose e garantir sensação permanente de “bem-estar”. Essa reação é semelhante à de drogas que criam dependência. Os estudiosos já chamam o vício dos doces de carboidratolismo. É uma verdadeira gana por comida, particularmente coisas doces, sem as quais o “viciado” se sente terrivelmente mal. Como cortar essa “dependência”? Primeiramente, é preciso estabelecer um padrão de regularidade e tranqüilidade no comer. Ingerir alimentos às horas certas, em quantidade suficiente, mastigando muito bem, com calma. O problema é que os portadores desse distúrbio, que são muitos, comem a toda hora pequenos bocados, atropelada­mente. Sentam-se à mesa já olhando nervosamente para o relógio.

Outra droga contra a obesidade, a dexfenfluramina (comercialmente chamada Redux), derivada da fenfluramina, da década de 70, age exatamente sobre a serotonina cerebral, mantendo-a alta e cortando a vontade de comer. Mas o tempo acaba revelando eventuais inconvenientes das novas drogas.

O melhor meio de perder peso é ainda o natural: Controlar as calorias ingeridas, fazer exercícios físicos regulares e cuidar da postura mental. Tudo sob orientação de uma equipe bem qualificada.

“Já tentei de tudo, sem sucesso!” — é o desabafo de muitos gordinhos, desapontados com seu corpo, que parece desafiar os maiores sacrifícios.

Como hoje é moda ser magro, não dá para contar inovações e promessas de emagrecimento que circulam na praça. Ser gordo é arriscado (os obesos sofrem mais de doenças do coração, diabetes melito, artritismo etc.), mas tentar emagrecer seguindo quaisquer métodos é dramaticamente perigoso para a saúde.

As dietas terapêuticas naturais são empregadas em clínicas naturistas e por medicinas tradicionais. Adote alimentação saudável, mas não mude radicalmente sua alimentação sem orientação profissional.

Alimentação

Dieta terapêutica natural

Um programa normal de alimentação para obesos corta necessariamente guloseimas, doces, salgadinhos, refrigerantes, lanches ligeiros, maioneses, frituras, alimentos gordurosos (manteiga, abacate, coco, amendoim etc.). As frutas e as verduras são os principais ingredientes “permitidos”. Saladas no almoço, por exemplo, não só podem como devem ser comidas em boa quantidade (higienizar bem!). Mas usar o mínimo de óleo e sal. Os gordinhos pecam aqui, pois às vezes usam legumes encharcados em óleo, ou adubados com molhos supercalóricos, como os molhos brancos, os molhos fritos ou refogados e as maioneses. Vegetais, como chuchu, vagem, quiabo, beterraba, cenoura, berinjela, jiló, couve-flor, brócolis etc., também podem ser usados sem grandes restrições, desde que preparados com o mínimo de óleo e sal. Torradas de pão integral podem ser consumidas com a devida moderação. O mesmo vale para arroz, feijão, batata, milho, mandioca, inhame, massas em geral (que devem ser integrais), sanduíches naturais, cuja quantidade é controlada. O mel pode ser usado como adoçante, mas em quantidade controlada. Iogurte e leite, só desnatados.

Os naturistas sugerem o seguinte programa de desintoxicação, que ajuda não só a fazer as pazes com a balança, como a curar vários distúrbios orgânicos:

No primeiro dia, em que se mantém relativo repouso, ingerir livremente apenas água mineral, ou água com limão, ou água-de-coco, ou algum chá sem adoçar (no máximo, suavemente adoçado com mel). Se isso for insuportável, passar a sucos de frutas não-adoçados, de três em três horas.

Do segundo ao quarto dia, em que se mantém relativo repouso: manter uma dieta de frutas a cada três horas. A quantidade é livre. Escolher uma variedade de fruta por refeição (melão, abacaxi, melancia, uva, maçã etc.). Se a fome tornar-se “negra”, pelo menos em uma das refeições acrescentar algumas torradinhas de pão integral com iogurte magro (100ml) ou bolachas de arroz integral (combina bem com maçã, mamão, pêra, pêssego, ameixa, mas não vai muito bem com frutas ácidas, melão ou melancia).

Por quinze dias, uma dieta como a seguinte ajudará muito na média dos casos:

Desjejum: Só fruta. Por exemplo, só melão ou melancia, ou só abacaxi. A vantagem é que se pode comer quanto quiser. Esporadicamente, iogurte natural desnatado (um pote pequeno) com frutas picadas, ou um sanduíche com ricota temperada e uma maçã ou meio mamão do tipo “papaia”. Mas o melhor mesmo é comer só a fruta.

Lanche (colação): Fruta ou água-de-coco. Pode-se também tomar uma limonada adoçada com estévia, ou sem adoçar.

Almoço: Saladas cruas à vontade. Vegetais do grupo B, como brócolis, vagem, chuchu, cenoura, espinafre, beterraba, abobrinha, couve-flor etc., em quantidade liberal, desde que não sejam refogados em óleo ou enriquecidos com produtos industrializados oleosos (como maionese).

Os vegetais podem ser temperados com ingredientes naturais pouco calóricos, como alho, cebola, pimentão, manjerona, hortelã, coentro, tempero verde, limão. Use pouco azeite de oliva, que é ricamente calórico.

Cereal integral, como arroz integral, macarrão integral, ou milho verde: limitar a algumas colheres, das de sopa, de modo geral, de duas a quatro.

Leguminosa como lentilha ou feijão: também limitar em duas a quatro colheres, das de sopa.

Prato proteico, como tofu, proteína vegetal texturizada ou ovo biológico: limitar em duas a três colheres, das de sopa, do alimento picado.

Se quiser consumir complemento gustatório, “uma recompensa”, como torta light de espinafre, cenoura ou palmito, ou um pastelzinho de forno, use não mais que um pedaço pequeno, esporadicamente.

A sobremesa pode constituir-se de um copo pequeno de iogurte natural desnatado, ou pode ser vantajosamente suprimida.

Uma regra importante é preparar os alimentos de forma atraente: arranjos coloridos das saladas e dos vegetais. Acrescente pouco sal — não deixe o saleiro nem o azeiteiro por perto.

Podem-se preparar molhos pouco calóricos, em que se misturem vários temperos em água, limão, um pouco de sal marinho e azeite de oliva.

Outra opção para almoço: Batata cozida (não mais que duas ou três unidades médias).

Salada de rabanete com alface e tomate, ou salada de broto de feijão, ou outra salada crua de sua preferência.

Cenoura com vagem, ou beterraba com couve-flor (cozidas). Se preferir outros legumes, sugerem-se brócolis, abóbora, berinjela, chuchu etc.

Lanche da tarde: Fruta ou água-de-coco. Pode-se também tomar uma limonada adoçada com estévia, ou sem adoçar.

Jantar: Pode assemelhar-se ao almoço, porém mais leve. Outra opção é prepará-lo à base de frutas: maçã, mamão, pêssego ou outras frutas picadas com iogurte natural magro; uma colher, das de sopa, de semente de girassol, e uma colher, das de sopa, de cereal em flocos. Esporadicamente, uma ou duas torradinhas de pão integral. Para passar no pão, ricota temperada.

Os que apresentam obesidade renitente e severa poderão precisar de dieta especificamente programada para eles.

A “cura de limão”, cujo suco deve ser tomado longe das refeições, misturado com água, é freqüentemente indicada pelos naturistas:

As plantas aqui citadas são empregadas por clínicas naturistas ou medicinas tradicionais, e as doses são também tradicionais. Lembrete: não suprimir a orientação médico-nutricional.

Plantas

1º dia

1 limão

2º dia

2 limões

3º dia

3 limões

4º dia

4 limões

5º dia

5 limões

6º dia

6 limões

7º dia

5 limões

8º dia

4 limões

9º dia

3 limões

10º dia

2 limões

11º dia

1 limão

Plantas

Carqueja, cavalinha e cáscara-sagrada. Misturar estas plantas e tomar de duas a três xícaras ao dia. A dose tradicional é duas colheres, das de sopa, para meio litro de água. Ferver e filtrar. Atenção: não abusar da cáscara-sagrada. Obter orientação profissional.

Os naturistas recomendam também o uso da espirulina, alga que, contendo poucas calorias, mas boa dotação nutritiva, auxiliaria na diminuição do apetite, e evitaria a flacidez. Indicam-se uma ou duas cápsulas, vinte minutos antes das refeições, com água. Na bula ou no rótulo há instruções sobre emprego tradicional.

Para prevenir a celulite, recomenda-se a Centella asiatica. Esta planta, famosa no Oriente, apresenta a propriedade de estimular os fibroblastos e equilibrar a função das fibras colágenas. Indica-se contra as gorduras localizadas, as estrias e a celulite. A dosagem tradicional é de seis cápsulas de 250mg ao dia, às principais refeições.

Para diminuir o apetite, usam-se, um pouco antes das refeições, algumas cápsulas de ágar-ágar com um pouco de água.

Há disponíveis em lojas de produtos naturais muitos preparados herbais que se usam antes das refeições, com água, para diminuir o apetite.

O melão é uma das frutas menos calóricas, sendo portanto muito útil na dieta contra a obesidade.