Osteomielite

Que é? Como se desenvolve?

Osteomielite é uma infecção no osso, que pode ser causada por microorganismos, como bactérias e fungos. Os agentes infectantes migram pela corrente sangüínea, provindos de outro foco no corpo, ou contaminam diretamente o osso numa fratura exposta. Os sintomas são dor intensa, febre, averme­lhamento, inflamação local e grande dificuldade de mexer o membro afetado. Decorridos meses de osteomielite aguda, ela se torna crônica, provocando ulcerações na pele, fístulas (lesões que tornam o osso visível, em meio a material purulento). Quando a osteo­mielite ataca o membro inferior (isso acontece na maioria das vezes), o paciente acaba tendo de recorrer a muletas ou indo mesmo para a cadeira de rodas.

A osteomielite aguda pode ser fatal, principalmente em crianças mal nutridas, cujas defesas são muito baixas. Por isso, requer hospitalização. A cronificação do processo gera incômodos permanentes. O crescimento do osso sofre alterações (saem, às vezes, pequenas “lascas de osso” por uma ferida sempre aberta).

O tratamento da osteomielite aguda com antibióticos pode às vezes não evoluir satisfatoriamente. Alguns pesquisadores sugerem, então, o uso de oxigênio hiperbárico.

Todo cuidado é pouco com as fraturas expostas, para evitar infecções.

Como as terapias naturais explicam a osteomielite? Como tratá-la?

Os estudiosos do naturismo médico afirmam que a osteomie­lite não é apenas um problema do osso; é um problema do organismo, que se debilita em virtude de contínuas agressões. O osso é apenas um dos pontos fracos. A alimentação de péssima qualidade do homem moderno, com grande quantidade de açúcar, carnes, guloseimas, frituras, fast-food, café etc., é provavelmente a principal culpada. O excesso de açúcar e laticínios é suspeito. O tratamento está voltado para desin­toxicação, mudança racional de hábito alimentar e suple­mentação nutricional para aumento de resistência global.

Gostaríamos de relatar o caso de uma criança com osteomielite crônica, que havia muito tempo sofria com um prognóstico desalentador. Não podia se locomover. Não podia estudar. Seus pais a transportavam de um lado para outro. Era uma família pobre, que sofria ao extremo com o problema. Sujeitos à sobrecarga do sistema público de saúde, aguardavam uma cirurgia, que não prometia muito. A criança sentia fortes dores no local. Esse caso, ao chegar-nos às mãos, despertou primeiramente piedade. Suspeitamos que a causa mais profunda do problema era a alimentação desregrada, a má nutrição, o enfraquecimento crônico das defesas.

Conscientizamos os pais. Dentro de alguns meses de tratamento numa clínica naturista, com desintoxicação e correção do estilo de vida, a cura foi tão completa que surpreendeu os médicos que conheciam o caso. Depois de vários anos, o ex-doente brincava e corria feliz, como qualquer criança da sua idade, sem qualquer sequela.

Este caso representa uma luz no fim do túnel, acenando para a importância de estudos comprobatórios.

Plantas

1 – As dietas terapêuticas naturais são empregadas em clínicas naturistas e por medicinas tradicionais. Adote alimentação saudável, mas não mude radicalmente sua alimentação sem orientação profissional.

2 – As plantas aqui citadas são empregadas por clínicas naturistas ou medicinas tradicionais, e as doses são também tradicionais. Lembrete: não suprimir a orientação médica.

Alimentação

Os estudiosos da alimentação natural, como Shelton, sugerem o seguinte:

Alguns dias por semana de suco de fruta, ou só de frutas, a cada três horas. A frequência dessa dieta dependerá de cada caso. Um, dois, três ou mais dias. Sucos naturais, feitos na hora, na centrífuga, de três em três horas. Pode-se usar suco de cenoura com salsão, suco de laranja, suco de mamão etc.

Nos demais dias, dieta predominantemente crudista, como segue:

Desjejum: Só frutas, com ou sem sementes de girassol e um pouco de coalhada (no começo, é melhor usar só frutas).

Almoço: Grãos germinados (moyashi, broto de alfafa etc.), saladas cruas (rabanete, alho, cebola, cenoura, repolho, couve-flor, beterraba etc.), vegetais cozidos (brócolis, couve-de-bruxelas etc.), um pouco de arroz integral bem cozido (ou abóbora cozida, ou batata cozida, ou inhame cozido), algumas amêndoas e tofu. Com o tempo, introduzir pequenas quantidades de grão-de-bico cozido, alguns ovos de codorna cozidos (esporadicamente) para complementação protéica. Dentro de quinze dias a um mês, mais ou menos (conforme prescrição profissional), acrescentar lêvedo de cerveja. Começar com pequena dose: de três a seis comprimidos de 500mg, e aumentar até dezoito comprimidos por dia. Poderão ser necessários suplementos minerais, como cálcio (800mg), magnésio (300mg), vitamina D (de 200 a 400 U.I.), manganês e fósforo. As dosagens poderão variar conforme orientação profissional individualizada. Só devem ser introduzidas depois de algum tempo de desintoxicação (um mês, mais ou menos).

A clorela é muito útil ao tratamento. Depois de uma semana, ingerir nove pastilhas ao dia. Depois de um mês, aumentar a dose para doze pastilhas (comprimidos de 250mg), ou conforme critério profissional.

É muito importante mastigar completamente a comida.

Se o paciente tem prisão de ventre crônica, deve-se proceder à “semana de enemas” (lavagens intestinais): um litro e meio de água fervida, fresca, por dia (crianças usam metade). Observar orientação profissional. O uso de comprimidos de cáscara-sagrada é também útil contra a prisão de ventre. Encontrada em lojas de produtos naturais.

Indicam-se plantas de ação depurativa, como tanchagem, cavalinha, chapéu-de-couro, boldo-do-chile, cinco-folhas, dente-de-leão e mil-em-rama. Recomendam-se, em média, de duas a três xícaras diárias da mistura de três ou quatro dessas plantas, fervida por uns 5 minutos. Duas colheres, das de sopa, para meio litro de água. Depois de uns quinze dias, acrescentar casca-d’anta e alfafa à mistura. O suco de limão e a própolis não podem faltar. Usar pelo menos de um a dois limões e trinta gotas de própolis (solução a 30%) ao dia, acrescidos aos chás. 

Os naturopatas aplicam no local argila esterilizada, com auxílio de compressa de gaze, se necessário. Para melhorar a assimilação intestinal, um banho vital ao dia.

Geoterapia (terapia da argila) e outros tratamentos

Você sabia?

Dente-de-leão (taraxaco officinale)

É tradicionalmente indicado para combater icterícia, inchações, e como depurativo do sangue.

Modo de usar: De 2 a 3 colheres do suco fresco ao dia. Ou ferver 2 colheres, das de sopa, da planta fresca picada em ½ litro de água. 2 xícaras ao dia.

A hidroterapia, a geoterapia e outros tratamentos naturais aqui citados são empregados por medicinas tradicionais ou clínicas naturistas. Lembrete: não suprimir a orientação médica.