
Causas
A osteoporose senil é atribuída à falta de hormônios gonádicos (o que se acentua depois da menopausa). A deficiência de cálcio e nutrientes correlatos (como vitamina D) pode agravar o problema, e essa deficiência nem sempre é de origem dietética.
A Medicina natural culpa a “perda de estabilidade ecológica” do corpo humano. O homem (a mulher moderna, especialmente) perdeu a sintonia com a Natureza, vivendo de modo cruelmente agressivo ao seu ecossistema. A alimentação é desbalanceada sob vários aspectos. O uso e abuso de drogas legais e ilegais contribui para aniquilar o delicado equilíbrio metabólico de minerais. Vida sedentária, cigarro, álcool, estresse, café, anticoncepcional oral, uso e abuso de açúcar e carnes, roubam a vitalidade do organismo feminino. Ocorre progressiva degeneração e desmineralização, que deixa os ossos frágeis. A hereditariedade pesa, mas seria apenas como o pano de fundo. É possível driblá-la com certos cuidados preventivos.
O consumo exagerado de proteína animal (na forma de carnes, embutidos, ovos etc.) leva a grande demanda de cálcio. Daí a enorme incidência de osteoporose em países como os Estados Unidos, onde o consumo de proteína animal é altíssimo. Onde se consome menos carne, a osteoporose não é problema tão sério. Esta foi a conclusão da Dra. Helen M. Linkswiler e sua equipe, da Universidade de Wisconsin. No seu trabalho, publicado no Transactions of the New York Academy of Sciences, adultos jovens consumindo menos de 50g diários de proteína exibiam teores equilibrados de cálcio no metabolismo (ingeriam não mais que 500mg de cálcio por dia). Mas quando o consumo de proteína aumentava para 95g/dia, as necessidades de cálcio quase dobravam. Quando a ingestão de proteína chegava a 142g por dia (isso ocorre quando se ingerem habitualmente carne, aves, peixes etc.), era necessário ingerir muito mais cálcio, a saber, algo em torno de 1.400mg por dia. Como na prática isso não acontece (não se ingere tanto cálcio), a conclusão é que o consumo excessivo de proteína leva ao desequilíbrio metabólico do cálcio e favorece o aparecimento da osteoporose.
Antigamente, era rara a osteoporose. Em tribos que vivem de modo mais natural, não há registros de que a osteoporose seja companheira comum do envelhecimento das mulheres, como acontece na “civilização”. Por isso, entendemos que a vida natural, com alimentação vegetariana e prática regular de exercícios físicos ao ar livre, é o melhor modo de prevenir a desossificação.
O fumo é outro fator de agressão ao sistema esquelético. Certas drogas, como os hormônios corticosteróides, também ocasionam importante perda de substância óssea.
Pesquisa com suplementos de minerais
O Dr. Albanese e sua equipe resolveram pôr à prova a eficácia dos suplementos minerais no tratamento da osteoporose. Escolheram um grupo de 12 velhinhas num asilo, com idades entre 79 e 89 anos, que receberam doses adicionais de 750mg de cálcio e 375mg de vitamina D por dia. Separaram também um grupo-controle de 17 anciãs, que não recebeu qualquer suplementação. Dentro de três anos, os exames mostraram que a densidade óssea das senhoras que receberam minerais como suplementação melhorou significativamente. Passou do coeficiente de 90,6 para 96,1, apesar de estarem três anos mais velhas! O grupo-controle, que não tomava suplementos, ao contrário, apresentou queda da densidade óssea de 90,3 para 84,2. Ficou assim demonstrado que o uso de cálcio e vitamina D é muito útil no tratamento da osteoporose.
Pesquisas com mulheres mais jovens também chegaram ao mesmo resultado. Observam os pesquisadores, contudo, que os efeitos benéficos só começam a aparecer depois de vários meses ou, em alguns casos, depois de anos, de uso persistente dos minerais. Não adianta usá-los por pouco tempo.
Muitos médicos receitam estrógenos (hormônios) contra a osteoporose. Mas a quipe do Dr. Albanese demonstrou em vários experimentos que o uso de estrógeno não altera o quadro. O cálcio, ao contrário, traz incontestes benefícios.
Banhos e exercícios físicos
Para fortalecer o organismo, um banho vital “dia sim, dia não”. Os exercícios são fundamentais para o fortalecimento dos ossos. Mas, conforme o caso, deverão ser muito leves e cuidadosos. Observar, nesse caso, estrita orientação médica.
Todo o cuidado é pouco com quedas e acidentes, que podem acarretar facilmente fraturas de difícil restabelecimento.
Para prevenir a osteoporose, nada melhor que uma caminhada diária, regular, descontraída, à luz do sol matinal.
Fantasma das mulheres na terceira idade, a osteoporose (que ataca também pessoas mais jovens) é a perda de substância óssea, gradativamente, o que leva à diminuição do osso e à dilatação da medula e dos canais de Harvers. O osso fica fraco, quebradiço. Alguns autores definem a osteoporose como rarefação óssea. Os ossos perdem sua substância mais rápido do que conseguem repô-la. Ficam porosos como esponja. Depois dos 30 ou 40 anos, a massa óssea diminui em cerca de 10% por década nas mulheres, e 5% nos homens.
Afirmou certa vez um plantel de ortopedistas do Jewish Hospital, de St. Louis, Estados Unidos, que “a osteoporose na mulher é provavelmente a doença metabólica mais incapacitadora, mais freqüente e socialmente mais cara do país.”
O grande problema da osteoporose é que costuma desenvolver-se insidiosamente, isto é, sem sintomas. Quando o raio-X chega a detectar perda de substância óssea, a doença já está bem evoluída. Após a menopausa, toda mulher deve submeter-se periodicamente a exames de densitometria óssea, para avaliar o grau de perda de substância óssea e, se necessário, começar a ingerir suplementos vitamínico-minerais. As mulheres que levam vida sedentária e não cuidam da alimentação são particularmente sujeitas a esse problema.
Alimentação e suplementos nutricionais
Evitem-se açúcar, guloseimas, frituras, refrigerantes, café, queijo, carnes, lanches ligeiros. Adote-se dieta saudável, naturista.
O uso excessivo de queijo e outros laticínios para compensar a deficiência de cálcio não solucionará o problema, sob a ótica da Medicina natural. É melhor usar laticínios normalmente (especialmente o iogurte natural), e abundância de vegetais frescos e algas marinhas.
Pode ser necessário usar suplementos diários de minerais (melhor usar na forma quelada), cujos teores variarão de caso para caso. Em geral, indicam-se de 500 a 1000mg de cálcio (ou mais), 350mg de magnésio, 400 U.I. de vitamina D (ou mais), manganês e complexo B. O uso excessivo desses nutrientes, contudo, pode trazer problemas para a saúde, como a formação de cálculos renais. Por isso, é importante observar orientação profissional. Em alguns casos, é prudente começar com doses menores.
Para descongestionar o metabolismo, recomenda-se substituir, por bom tempo, uma refeição diária por uma qualidade de fruta, como poncã, laranja, uva, pêssego etc. Usar boa quantidade de alimentos crus. Mastigar completamente os alimentos.
Tomar, antes do almoço, um copo de suco de cenoura com couve e salsão.
As algas marinhas são boa fonte de cálcio e outros minerais, devendo, portanto, figurar com mais frequência na dieta.
Suplemento de cálcio, vitamina D e magnésio, úteis na osteoporose.
Plantas
Para reforçar o efeito regularizador da dieta, manuais de fitoterapia sugerem usar, duas ou três vezes ao dia, chá de alfafa com tanchagem e dente-de-leão.