Peste Bubônica

Transmitida pelas pulgas dos ratos e de outros roedores, é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pela Yersinia pestis. Produz sintomas como arrepios, febre, vômitos, sede, dores em vários lugares e delírio, que aparecem subitamente. Verifica-se também aumento dos gânglios, com supuração. Gânglios nessas condições são chamados de bubões, razão por que se deu à peste o nome de bubônica. Podem ocorrer hemorragias sob a pele e em várias partes do corpo, como narinas, pulmões, rins e tubo digestivo. Secundariamente, pode instalar-se uma pneumonia, que é muitas vezes fatal.

Às vezes, a peste assume forma grave (chamada septicêmica primária) a ponto de matar em poucos dias, antes de as lesões localizadas, como os bubões, se tornarem clinicamente aparentes. Os sintomas já citados vêm fortíssimos, destacando-se febre, calafrios, vômitos, taquicardia, dor de cabeça e delírio.

Mas há muitos casos em que se manifesta mais brandamente (peste minor).

A peste apavora a humanidade há séculos. Três grandes pandemias assolaram o mundo, segundo os registros históricos: no século VI, no século XIV (conhecida como morte negra) e no século XIX. Esta última originou-se na China em 1894, e daí se espalhou pelo mundo, chegando pela primeira vez aos Estados Unidos no começo do século XX. A maior catástrofe já sofrida pela humanidade, que alcançou todos os quadrantes do mundo conhecido, foi a peste negra do século XIV (1348), que dizimou provavelmente metade da população mundial com uma morte rápida e horrivelmente dolorosa.

O nome peste negra deve-se a manchas que aparecem sob a pele, ocasionadas por hemorragias (peté­quias, ou equimoses).

Além das mordidas das pulgas, a peste pode ser transmitida por mordidas de rato ou por contato com material contaminado (como o escarro de um homem doente). Quando o homem desenvolve pneumonia por peste bubônica (peste pneumônica), torna-se um grande transmissor da doença, pois o escarro contém grandes quantidades de Y. pestis, devendo, especialmente neste caso, ser tratado em condições de isolamento. Na Índia, em 1994, verificou-se uma epidemia de peste pneumônica de proporções dantescas. Infelizmente, a pneumonia provocada pela peste mata entre um e cinco dias.

O tratamento com antibiótico é urgente, pois depois de algumas horas, o quadro pode progredir sem reversão. A estreptomicina e a tetraciclina são geralmente escolhidas e usadas, até que a febre não apareça mais por uns três dias. A canamicina pode ser útil no caso de resistência à estreptomicina. Este tratamento deve ser conduzido por médico.

Controle

É imprescindível rigorosa higiene, combate às pulgas e aos roedores, isolamento dos doentes e observação de todos os que entraram em contato com os doentes. Em caso de suspeita, alertar a saúde pública. 

Conselhos e tratamentos complementares

Considerando o risco de complicações graves e morte, e a necessidade de hospitalização, tratamentos complementares reduzem-se a alguns cuidados paralelos, devidamente administrados, em situações em que isso for possível e/ou imprescindível. Jamais substituem os tratamentos médicos convencionais. Consistem em:

1. Cuidados assépticos (higiênicos), conforme orientação médica.

2. Sucos durante a febre (em muitos casos, só será possível alimentação parenteral, orientada por médico, com paciente hospitalizado) e, fora disso, alimentação natural balanceada, conforme orientação profissional.

3. Própolis a 30% com água, trinta gotas, três vezes ao dia, poderá ajudar nas situações em que isso for possível e permitido pelo profissional de saúde.

4. Os bubões são tratados com compressas quentes e úmidas.