
Que é toxoplasmose?
Doença de nome estranho, a toxoplasmose é moléstia infecciosa provocada por um minúsculo protozoário, o Toxoplasma gondii, descrito pela primeira vez por Splendore em 1908, em estudos com coelhos. Inicialmente, os estudiosos criam que a toxoplasma só parasitasse animais. Mas não tardaram a descobrir que se aloja também no homem, ocasionando-lhe diferentes problemas. O contágio acontece pela ingestão de oocistos das fezes de gatos, ou ingestão de cistos em carnes mal passadas, ou ainda por via transplacentária. Quem mantém contato frequente com gatos corre maior risco. A forma como o protozoário passa para o homem é ainda objeto de discussão, sobressaindo, porém, os meios que citamos.
Como se manifesta?
Em muitas situações, é doença de evolução lenta. Tão lenta e às vezes tão benigna que seu portador freqüentemente não chega a tomar conhecimento de que no seu corpo está “escondido” o toxoplasma. Muitas vezes, nosso organismo desenvolve defesas que neutralizam ou limitam a ação desse protozoário.
No início da infecção, aparecem sintomas semelhantes aos da gripe: febre, prostração, dor de cabeça, dores musculares. Mas a febre custa para passar. Prolonga-se por semanas ou meses. Passados alguns dias de febre, surge o infartamento de vários gânglios na região do pescoço, da virilha e de outras partes do corpo. Nessa fase, é comum confundir-se a toxoplasmose com a mononucleose, doença em que há número anormal de leucócitos mononucleares no sangue. Daí para frente, a toxoplasmose exibe variedade extraordinária de evoluções (polimorfismo). Nos casos mais graves, produz inflamação da retina e da coróide, podendo culminar em cegueira. Nos casos mais brandos, simplesmente evolui para completa remissão (cura), quando não chega sequer a ser descoberta.
O maior perigo da toxoplasmose é quando a mulher engravida e adquire a doença. Os tecidos embrionários “não sabem” defender-se contra a ação lesiva dos protozoários, e a criança pode sofrer malformações graves. O sistema nervoso central é um dos setores mais danificados. Em alguns casos, o bebê nasce “perfeito”, e vai aos poucos desenvolvendo anomalias, ou já nasce com defeitos. Entre as alterações, estão retardamento mental e calcificações intracranianas, crânio pequeno ou grande (microcefalia e hidrocefalia), estrabismo, nistagmo (movimentos rápidos e descontrolados dos olhos), coriorretinite (inflamação da coróide e da retina).
Por isso, no pré-natal é importante verificar a existência de toxoplasmose.
Tratamento
Ao se descobrir a toxoplasmose na gestante, impõe-se acompanhamento médico rigoroso. Usam-se drogas como sulfaziadina e pirimetamina (só com prescrição médica, pois são tóxicas), que atenuam a ação do toxoplasma.
O tratamento que os estudiosos das terapias naturais sugerem para a toxoplasmose adquirida (exceto para gestantes) inclui uma cura trimestral de limão (de um a dez, e de dez a um), uso de chá de guaçatonga com alecrim por quinze dias (de duas a três xícaras diárias), com intervalo de uma semana, em que se toma apenas água em abundância. Volta-se então ao primeiro chá. A dosagem tradicional para a guaçatonga e o alecrim é uma colher, das de sopa, das plantas picadas em 400ml de água. Ferver e filtrar.
Três ou quatro banhos de tronco semanais. Manutenção da resistência em alta por meio de dieta saudável, e programa periódico de desintoxicação.
Usar suplementos como geléia real (2g diários), equinácea e clorela (no rótulo há instruções sobre dosagens tradicionais).
Pelo menos uma vez a cada dois meses, separar dez dias para dieta baseada em alimentos como cereais germinados, brotos, amêndoas, coalhada, vegetais e frutas, para manter o meio interno bem nutrido, que ajuda o sistema imunitário a vencer infecções.
O tratamento natural jamais afasta a necessidade de acompanhamento médico.